A história do Judaísmo começa com o chamado de Abraão, que por volta de 1850 a. C. deixou a Síria (Ur da Caldeia) para se estabelecer na terra de Canaã, atual Israel. De acordo com as escrituras sagradas, por volta de 1800 a.C, Abraão recebeu uma sinal de Deus para abandonar o politeísmo e para viver em Canaã (atual Palestina- Israel).
Isaque, filho de Abraão, tem um filho chamado Jacó. Este luta, num certo dia, com um anjo de Deus e tem seu nome mudado para Israel. Os doze filhos de Jacó dão origem as doze tribos que formavam o povo judeu.
Com a morte de Abraão, Jacob e os seus 12 filhos emigraram para o Egito (1700) à procura de melhores condições de vida e de pastagens para os animais. Com o passar do tempo, foram tratados como escravos e obrigados a construir cidades e silos para armazenagem do cereal, durando esta escravidão 400 (até 1300 a.C). A libertação do povo judeu ocorre por volta de 1300 AC.
A escravidão durou até 1300, quando, guiado por Moisés, o povo judeu conseguiu libertar-se e, passando através do Mar Vermelho, receberam no Sinai as 10 Palavras (Dez Mandamentos), peregrinando o povo de Israel por 40 anos pelo deserto, até receber um sinal de Deus para voltarem para a terra prometida, Canaã.
A história do povo Judeu é também uma história de diásporas, isto é, de exílios. Entre 721 a.C. e 100 d.C., sucederam-se, em Israel, as dominações estrangeiras: primeiro os babilônios que destroem o templo de Jerusalém e deporta grande parte da população judaica. Depois os persas, depois Alexandre Magno (os gregos) e por fim os Romanos.
De volta a Canaã, Davi transforma Jerusalém num centro político-religioso. Após o reinado de Salomão, filho de Davi, as tribos dividem-se em dois reinos: Reino de Israel e Reino de Judá. Neste momento de separação, aparece a crença da vinda de um Messias que iria juntar o povo de Israel e restaurar o poder de Deus sobre o mundo.
No século I, os romanos invadem a Palestina e destroem o templo de Jerusalém. No século seguinte, destroem a cidade de Jerusalém (Tito: 70 d.C), provocando a segunda diáspora judaica. Após estes episódios, os judeus espalham-se pelo mundo, mantendo a cultura e a religião. Em 1948, o povo judeu retoma o caráter de unidade após a criação do estado de Israel.
OS LIVROS SAGRADOS DOS JUDEUS
A Torá ou Pentateuco, de acordo com os judeus, é considerado o livro sagrado que foi revelado diretamente por Deus. Fazem parte da Torá: Gênesis, o Êxodo, o Levítico, os Números e o Deuteronômio.
O Talmude é o livro que reúne muitas tradições orais e é dividido em quatro livros: Mishnah, Targumin, Midrashim e Comentários.
OS SÍMBOLOS DO JUDAÍSMO
Rabino ortodoxo
- O Muro das Lamentações, em Jerusalém, é o que resta do templo de Herodes, destruído pelos romanos no ano 70 d.C. Aqui os hebreus vêm rezar. É o único lugar sagrado de todo o Judaísmo.
- O Candelabro dos sete braços: A "Menorah" é o símbolo do Judaísmo. O 7 é para os Judeus o número da plenitude, da perfeição.
- A Sinagoga: É o lugar de oração, de estudo e de reunião.
- O Rabino: Os hebreus não têm sacerdotes. O Rabino é só um mestre, um guia espiritual para os fiéis na interpretação da Bíblia.
- O Sábado: É o dia semanal festivo dos judeus. Começa ao pôr-do-sol de Sexta-feira e vai até ao pôr do sol de Sábado. É um dia dedicado à oração e ao descanso.
ETAPAS IMPORTANTES DA VIDA DE UM JUDEU
A Circuncisão: Aos oito dias depois do nascimento, todo o rapaz hebreu é circuncisado e nesta altura é-lhe dado o nome. A circuncisão simboliza a Aliança entre Yahweh (YHWH) e Abraão.
Aos treze anos, o rapaz hebreu torna-se membro da comunidade e, por isso, está sujeito aos direitos e aos deveres que a Bíblia lhe indica.
CREDO
"Escuta, Israel, o Eterno é Um só!"
Esta oração resume a fé hebraica: acredita na existência de um só Deus. O Judaísmo é uma religião fortemente monoteísta.
Interior de uma sinagoga
VIDA RELIGIOSA
O estudo da Torá é o principal dos deveres de um judeu. No livro da Lei estão contidas as 613 obrigações que todo o hebreu piedoso deve observar;
Quando reza, o hebreu tem a cabeça coberta com o «Talith», um xale com franjas brancas e pretas, e tem presos à testa e no braço direito as «filatérias», pequenas bolsas que contem orações da Torá escritos em pergaminho;
A visão que o Judaísmo tem da vida é otimista, porque o Deus criou o homem livre e responsável. O cumprimento sem reservas das suas obrigações duras e rigorosas da Torá exprime a submissão humana a Deus e simboliza o respeito pela Aliança;
Os hebreus esperam a vinda do Messias. Virá um tempo – «os dias do Messias» – em que reinarão a paz, a justiça e a fraternidade. Terminarão todas as formas de idolatria e o Eterno será Um e o Seu Nome será Um»;
Hoje, o Judaísmo se divide em vários ramos, desde os mais conservadores até os mais liberais, incluindo ateus.
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