segunda-feira, 8 de agosto de 2016

ÉTICA NO HINDUÍSMO

O nome hinduísmo foi dado pelos europeus para a religião indiana (4.000 anos a. C.) segundo alguns autores (Hans Küng, John Bowker, etc.).

No hinduísmo não se trata, em primeira linha, de proposições a serem cridas, não se trata de dogmas nem de uma ortodoxia: o hinduísmo não conhece nenhum magistério. 

Trata-se, pelo contrário, do reto agir, da correção ritual, do costume – tudo quanto constitui uma religiosidade vivida... e da grande destinação do homem, dos deveres que o homem tem para com a família, para com a sociedade e para com Deus e com os deuses (devas). Um hinduísmo é uma religião alegre!

ÉTICA HINDUÍSTA (KÜNG, 2004, p. 89-91)

Muitos críticos colocam a culpa da pobreza e da miséria das massas indianas na Ética hinduísta que consiste basicamente em:

pensamento voltado para o além;
a crença no destino;
resignação em face das injustiças sociais;
o sistema de castas.

Esses elementos da ética hinduísta, desde os primórdios, trazem consequências nefastas à vida dos indianos, a saber:

- falta de responsabilidade política;
- passividade social;
- indiferença ante à crescente corrupção.

No entanto, o presidente da Índia, K. R. Narayanan, afirmou que o Hinduísmo, desde o início e, sobretudo a partir do movimento de renovação do século XIX, sempre existiu a vigorosa tradição de um etos, de valores, normas e atitudes éticas, advindos da grande cultura escrita dos Vedas, embora muito dispersos.

Falta no sânscrito uma palavra exata para etos ( a que mais se aproxima talvez seja achara que significa well-going (ir bem), ou seja, bom comportamento. Também existem apenas poucos tratados sistemáticos de ética.

No entanto, no século II a.C. encontramos uma primeira sistematização da ética. Provém de Patanjali, o fundador da filosofia da ioga, de orientação muito prática. Ele ensina a libertar o espírito (atmã ou purusha) da matéria por meio de esforços sistemáticos para controlar as forças físicas e psíquicas da natureza humana.

O itinerário de 8 (oito) níveis de seus sutras de ioga se inicia no primeiro nível com a yama, o autodomínio. Ele exige aqui cinco exercícios éticos a serem realizados em pensamentos, palavras e obras, que (em analogia à segunda tábua do Decálogo) poderíamos denominar de elementos de um etos básico, a saber:

a não violência, o não ferir (a-himsa);
a veracidade (satya);
o não furtar (a-steya);
a castidade, a vida pura (brahmacharya);
a não cobiça, o não possuir (a-parigraha).

Mais ainda que Patanjali, no entanto, a Bhagavadgita transmite impulsos para uma estruturação ética do hinduísmo, mais precisamente aqueles setecentos versos da Poesia didática religiosa e filosófica da epopeia de Mahabharata (sexto livro), que em suas passagens mais antigas já poderia ser proveniente do século III a.C.

A Bhagavadgita é a escritura sagrada mais conhecida e de maior influência, muitas vezes, chamada de evangelho do hinduísmo e, ao mesmo tempo, um dos grandes documentos éticos da humanidade. Pois:

mostra-se dogmaticamente aberta: coloca frente a frente diversas concepções filosóficas (monismo–dualismo, teísmo-panteísmo, sacrifícios-rejeição do ritualismo), uma ao lado da outra. Diferentes escolas e grupos religiosos podem nela basear-se, encontrando aí a fundamentação para suas interpretações (muitas vezes mutuamente contraditórias);
possui um ponto de partida realista: não um ashram (templo) nos bosques ou uma vida no isolamento, mas sim um campo de batalha, o “lugar de luta” da vida, com todos os seus conflitos externos e internos. Dentro desse contexto são encontradas respostas para problemas perfeitamente concretos;
defende claramente um etos mundial: não uma “ética”, no sentido de um sistema ético, mas sim um etos, no sentido de uma atitude moral. Não é exigida uma ascese, por exemplo, nem uma renúncia monástica ao mundo com o fim de livrar-se do fluxo dos nascimentos.
 Mas sim uma atividade unida a um distanciamento do mundo, que em larga escala também pode ser aceita por um judeu, por um cristão ou por um muçulmano, por um budista ou por um confucionista: “Cumpre teu dever no mundo, mas não te deixes vencer por ele!” Portanto, um engajamento sem vício e sem escravidão!

Já na Bhagavad-Gita se encontram os três caminhos clássicos para a salvação, merecedores de reconhecimento, mas que culminam no terceiro:

o caminho do conhecimento (jnana-marga): para superar a ignorância (pela meditação, pela ioga, pela filosofia);
o caminho da ação (karma-marga): agir não apenas no terreno ritual-bramânico, mas também no terreno social e religioso;
o caminho do amor a Deus (bhakti-marga): cada vez mais o caminho preferido, porque sem qualquer restrição pode ser percorrido também pelas castas mais baixas ou até pelos sem casta.  A Bhagavadgita também culmina no amor a Deus, com as célebres frases: “Pensando em mim, venerando-me, sacrificando-me, inclina-te diante de mim! Então me alcançarás” (BHAGAVAD-GITA, 18,65).

9 comentários:

  1. Respostas
    1. voce, nao tem noção, q aqui é um site de religião?
      e fica comentando essas besteiras filho?
      você vai fica de castigo!
      SEM COMPUTADOR!!!!!!!!

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    2. FILHO, É SERIO!
      voce vai apanhar de mim, e de sua mae!!!!!
      e VAI FAZER O TRABALHO DE ESCOLA, EU TO AQUI NO TRABALHO, GASTEI DINHEIRO NO SEU PC GAMER, COM UM I9, UMA GTX 1080TI, E VC FICA POSTANDO BESTEIRA!!!???

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    3. CALA A BOCA MAIS BRIGADO PELO PC GAMER

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    4. VOU QUEBRAR SEU PC NO MEIO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
      E VOU VENDER AS PEÇAS TUDO, E ESSE SEU MOUSE GAMER DE 1000RS VAI PRO LIXO ENTENDEU, PERA EU CHEGAR EM CASA?

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    5. KKKKKKKKKKKKKKKKKKK

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